Exorcismo na Crise

Não me censurem mas ...

Eu tenho um sonho:

Gostava de poder idealizar um Portugal a crescer economicamente assim como culturalmente, em que as crianças portuguesas e os pré adolescentes demonstrassem respeito pelos próprios pais e figuras de autoridade como os próprios professores, em vez do que acontece hoje em dia que tem mais respeito por quem tem o carro x o tlm y , whatever.

Sonho com o dia em que um lambe botas é mal tratado em praça pública por ser isso mesmo, um lambe botas.

Adorava que o Português ou Portuguesa não menosprezasse a sua própria opinião.

Gostava mesmo que deixasse de existir Cláudios Ramos , e outros paspalhos e toinas hipócritas e vazias que minam as televisões portuguesas com assuntos fúteis que não fazem nenhuma diferença a não ser alguma publicidade à estação que os transmite.

Sonho com aquele ideal em que a imprensa não é cor de rosa, mas sim de todas as cores, ou sem cor alguma, branco no preto, ou preto no branco, sem estes tendencialismos bestas de consumir consumindo-te.

Um Portugal sem cretinos, e sem Sócrates, sem mentira, sem levianismos nos problemas, sem diferenças, e se essas existissem eram para ser consideradas de forma igual.

Em que a igualdade se reflectisse no teu salário e conforme as tuas verdadeiras aptidões assim como importância na sociedade.

Um País onde se jogasse futebol não pelo dinheiro, mas sim pelo puro prazer de fazer desporto.

Um Portugal não dividido mas sim ímpar, com sitio para não fumadores, assim como para fumadores. E com uma zona neutra. E se os não fumadores quisessem frequentar os mesmos sítios que os não fumadores teriam que pagar uma taxa aos fumadores , uma vez que envenenam os seus pulmões gratuitamente e fumando passivamente *.




Um Portugal em que o medicamento genérico seria fabricado por um governo transparente e não fabricado pelos gajos que controlam este mini-monopólio e que pouco a pouco são responsáveis pela morte de idosos e pela não capacidade de resposta dos hospitais públicos relativamente a consultas de várias especialidades, conduzindo à catástrofe social que hoje em dia se verifica.

Um País onde o povo seria realmente informado e não canalizado ou orientado para o poço da ignorância do entretenimento e do desastre inventado.

Onde se arregaçasse as mangas contra injustiças sociais, em vez de afundanços em conformismos fáceis aos quais hoje pagamos e bem caro.

Um país onde soubesse bem viver , onde soubesse bem trabalhar e onde fosse possível constituir família.

Sonho com o dia em que Portugal e a palavra futuro fizesse real sentido.

* Já repararam nesta linguagem que inventaram ? Fumador passivo - É um não fumador, mas se interpretássemos à letra também poderia ser alguém passivamente a ser sodomizado com um cigarro, ou então como aquela parte do filme Pulp Fiction, em que o Marcelus está de 4 à espera de ser sodomizado, mas em vez de ter aquela mordaça na boca, não, teria um cigarro colado à boca, forçado a fumar