end of the line

Época de mudança para todos nós, por todo o lado o caos disfarçado com o aparente desconforto da sociedade, as camisolas que se vestem para tapar os umbigos para dentro, lembrando que já fomos muito menos do que agora somos.
Tenho aquela sensação estupida que cheguei ao fim da linha, mesmo ainda que esteja viva, pode-se chamar de depressão, eu chamo de melancolia, sempre fui melancólica desde petit, e melancólica não quer dizer necessariamente que passe o dia com a boca assim :(, não. É bem mais do que isso.
Eu escondo imenso o que sinto, aliás ao meu redor ninguém nota como estou, tornei-me num autómato preconcebido por mim para não chocar nada nem ninguém. E por isso eu também sou hipócrita.
Mas há que canalizar as energias , ou seja o que for para algo mais util que a própria degradação que isso também é egocentrico e muito pouco evolutivo.
Change, é uma palavra que está demasiado na moda, em todo o lado está implicito mudar. O problema em mudar é que podermos deixar de ser quem somos se mudarmos demais. O problema é que isso interessa bem mais para quem quer homogeneizar a humanidade à pressão.
Sou sincera , cheguei ao fim desta linha mas não parei em quase nenhuma paragem, não aproveitei todas as oportunidades como devia por estupidez, e tal como qualquer pessoa considerada como vulgar só dei valor depois, só dei valor muito tempo depois, depois quando não pude voltar para atrás.
Uma viagem de comboio para um destino que não quiz, não me lembro de entrar neste comboio, mas aqui estou eu , prestes a sair. Resta-me esquecer desta parte da minha vida. Desprender-me e deslargar-me deste tipo de arte e de toda esta emoção que me caracteriza mas que também me consome.
Mudança de linha, nesta montanha russa que é a vida.

Good TR.I.P. Patrick Swayze